02 dezembro 2005

A decadência do que sou

Estou decadente...
O meu coração bate cada vez mais depressa...
Mas eu estou cada vez menos viva.

Olho para a frente...
Nada de novo.
Olho para trás
...

Os meus defeitos paralisam-me,
As minhas incertezas sufocam-me.

Quero gritar,
Quero correr,
Quero gastar esta descarga incoveniente de adrenALINA que se apossou dos meus músculos.
Músculos que são meus mas dos quais não controlo.
Quero fugir,
Mas não consigo!
Quero mudar...
Mas não consigo...

Quero ser mais e melhor...
Mas todos os dias me olho no espelho,
E constato que não passo de um verme merdoso e pestilento.

Queria viver,
Mas não consigo...
Queria morrer,
MAS SERÁ QUE NEM ISSO CONSIGO?!

Só consigo suportar,
E cada vez menos,
Esta imagem hidionda do ser que habita em mim,
Mas que não sou eu...

Ou prefiro pensar que não...

(esta maldita dor de cabeça...)

3 comentários:

Anónimo disse...

Nuances de pesadelo nesse querer sem poder - Nada pode ser assim tão terrível, principalmente para alguém tão adorável. Vai dar um passeio à costa e desanuvia.
beijo.

M.

Anónimo disse...

CONHEÇO A SENSAÇÃO

Sabes identifico-me com o que escreveste.muitas vezes dou por mim a sentir exactamente isso.não raramente parece que tudo se "anoitece" dentro de mim. cala-se a voz que ha cá dentro. fico pasmado no silencio que me assola. sinto que eu não sou eu, mas um outro qualquer que desconheço e não entendo.mas depois tudo se dissipa sem que ninguem sequer tenha notado.. e assim sobrevivo..

Pantani

Anónimo disse...

Pensei por momentos ser unica, num sentimento igual a este que escreves... Mas afinal não, mas não me sinto feliz por isso, antes pelo contrario, sinto-me triste por saber que alguém sente a dor que eu sinto... nunca igual, mas com várias semelhanças.Pois somos diferentes, e por isso, sentimos de maneiras diferentes. Inês. bjao